domingo, 19 de dezembro de 2010

é pra deixar solto
um livro sem surros
não tem o mesmo sentimento
daqueles orelhudos


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

vamos pro sol
pela areia
vamos descalços
atrás dos palhaços
pois são os mais lindos
dos seres sorrindo

terça-feira, 2 de novembro de 2010

vera é tão bonita, faz da
erva o chá tão doce, vai pra
rave de amarelo; e mesmo que
vare a noite, não dorme sem falar dela
erva reva vare rave vera vare vera vera

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

      Da orelha
o lóbulo
               Da boca

                             s
                             o
                             r
                             t
                             e



                                                                                                               Aqui não chove

(esboço do desenho da chuva)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

comentando

da fala torta a falha 
o deturpe da trupe
no caos moderno, a mente

por outro lado
a seta mesmo torta
torna certa do lado de fora
de perto, de lado
e quem vê direito desmente.

sábado, 28 de agosto de 2010

se funde
do fundo


se fundo
no fundo 
com fundo
bem fundo


fundamos
o fundo
com o fundo
do mundo

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

vai
e chama pablo
e clara
e sofia
e chico
e saulo
e chuva
chama de tudo, que isso não tem nome não
chama de vida pois é maior que qualquer ão

domingo, 25 de julho de 2010

voltaemeia
voltasempre
meiavolta
semprevolta
sempremeias                            
meiasempre
massevai
voltagora
voltalogo
voltasempre

quarta-feira, 5 de maio de 2010

e quê mais restaria?
fundo vazado
um macaco
um cubo
e a gaita.
é. isso tudo.
e mais umas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

mas um tanto cansado
guardou-se para o final
tornou indiferente
minto;
nunca esteve tão sentimental.

terça-feira, 9 de março de 2010

a tentativa compreensão de algo menos palpável
provém da conclusão da meditação diária
que passa a ser real quando as percepções do indivíduo
 se mostram falsas e decadentes.
a partir dessa conclusão, percebe-se que essa
compreensão, agradável ou não, é o vetor
pro retorno da vida.
cabe ao paciente realizar seu atual estado e
mais uma vez meditar.
                                   

nenhuma necessidade dizer que nada disso funciona.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

e as borboletas desciam os céu
com aquela força tenaz;
as cores reluzindo à todos;
e sua sutil indiferença me invadia;
de tanto, me atingiu;
agora, não sei ao certo
se aposento minha velha guitarra
ou entôo os mil lírios que surgem em meus sonhos;